Em Lisboa, abstraindo das casas sem luz, à noite, na parte central da cidade e dos pequenos amontoados de gente a dormir embrulhada em plástico e cartão canelado junto às paredes mijadas pelos cães - são pequenos mas são muitos - e abstraindo dos copos e garrafas de plástico no chão do bairro alto, das pipocas nos cinemas do corte inglés - e nos outros- da gente malcriada nos restaurantes, dos prédios horríveis da 5 de Outubro e da Av da República, dos túneis da Av de Roma e das transformações de alguns espaços públicos e encerramento ou vedação sine-die de outros... abstraindo disto, temos de facto jazz - de braga a loulé, passando por coimbra- nos jardins da Gulbenkian -também há casamentos... - e há espectáculos de rua, e animação de rua; há cinema americano; há amburgas, sardinh'assada, petiscos; há gajas - pouco refinadas mas gajas com entre-pernas-sem-pelos - há tudo!...
em Lisboa há tudo.
É tudo mau mas há tudo
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