prendre tous les risques, pour ne pas être en retard.



Este filme foi realizado por Claude Lelouch em 1976, filmado em Paris às 5:40 da manhã. Houve qualquer problema com a sua exibição dado ter sido filmado com o transito aberto, sem autorização, passando sinais vermelho, sentidos proibidos, excesso de velocidade, cruzamentos a fundo e às cegas, toda a sorte de tropelias, com apenas uma explicação: prendre tous les risques, pour ne pas être en retard.
O universo masculino em todo o seu explendor

a fome é tua amiga

No capítulo da alimentação, o ser humano está condenado a ter que se governar com um software obsoleto, o mesmo do homem das cavernas, que à vista de comida ordena: COME!! Software do tempo em que nunca se sabia quando seria a próxima refeição, sendo certo que, para a conseguir, havia que correr montes e vales atrás de um qualquer bovideo estúpido (ou caprideo ou ovideo que eu disto não percebo nada). Nestes tempos de abundância de comida e com um cérebro comandado por este instinto básico herdado do tempo de antes das gravuras de Foz Côa, a maneira mais segura para perder peso é pedir ajuda psiquiátrica que leve a acreditar em coisas como : "a fome é tua amiga"

boa vida


Ontem houve presunto e rojões e queijos e carnes grelhadas e alheiras e demais fumeiros e legumes e vinhos variados e doces e ainda mais comida, tudo superlativamente autentico, tudo prá lá de muito bom e tudo em muito boa companhia. As cautelas dietéticas moderaram a gula (ma non tropo) e proporcionaram uma degustação ainda melhor das iguarias. Obrigado ao Carlos e à família.

fascismo em lume brando

Feliz a expressão "a tristeza cinzenta de ser vigiado, é um fascismo lento, que nos cerca e invade" que li no blog "Ardeu a Padaria" a propósito da recente hiperactividade da ASAE, e dos comentário de António Barreto aos comentários que o seu artigo no público sobre o tema suscitaram.

também gosto desta música



Tom Jones é eterno. O meu problema com Tom Jones não é com ele, que tem uma voz impressionante de potência, de limpeza, de afinação, que chega a todo o lado com uma precisão incrível. Até parece fácil o que ele faz. Mas pra mim não tem um pingo de emoção. Nem parece humana, de tão perfeita. Na minha cabeça, um robot cantante, teria a voz do Tom Jones.

cabin crew, prepare for landing




Está lançada a confusão. A Ryanair fez um calendário, daqueles calendários que é costume ver nas lojas de pneus (lá está, é a tara de coisas "insufladas") mas em soft, e convidou nem mais nem menos que as meninas da sua tripulação de cabine para, desinibidamente, contribuirem com a sua agradavel presença para o dito cujo calendário, que há-de guiar os nossos dias durante o ano da graça de 2008. Há logo quem ache isso mal, que não há direito, que isso atenta contra la dignidad de las mujeres trabajadoras en general y las tripulantes de cabina en particular, presentando imágenes estereotipadas de estas profesionales contra las que llevan años luchando
E mais ainda que se trata de publicidad ilícita la que presente a las mujeres "de forma vejatoria, bien utilizando particular y directamente su cuerpo o partes del mismo como mero objeto desvinculado del producto que se pretende promocionar
Imaginem as piadas que se podiam fazer com este paleio (do tipo objecto desvinculado), em havendo vagar. Mas não há, vamos ao que interessa.
O calendário tem objectivos de caridade, essa coisa com mais facetas que um caleidescópio. De facto, não vai faltar por aí quem se vá sentir profundamente agradecido com o resultado da iniciatíva.
Agora, eu estou pela contundente e descomplexada opinião da rititi segundo a qual, todo este sururu não passa de um embuste, daqueles que se dizem defensores dos direitos das mulheres e, vai-se a ver, são mais controleiros que o macho ibérico do século XX, sempre prontos a ralhar com a menina que subiu a bainha ou baixou o decote. Em nome da igualdade! Cabin crew, prepare for landing

mestiçagem musical

para os meus amigos leitores – dupla presunção esta de acreditar que tenho leitores e que em os tendo (leitores!), são meus amigos, coisa que atira para uma probabilidade de ocorrência a bater no zero – para esses hipotéticos leitores e ainda mais hipotéticos amigos, dizia eu, proponho que oiçam Miles Davis a tocar o Concerto de Aranjuez (e o por-do-sol em fundo).

(fico) sem palavras

“... Eu fiz um único grande delito que vou confessar: estava a trabalhar com o Victor Alves, ai que saudades desse tempo, no Ministério da Educação e estreou Trás-os-Montes, o belo Trás-os-Montes, do António Reis que estava naquela sala do Monumental, naquela sala de cima (Satélite), bem e ao fim de uma semana havia prá ai 180 espectadores. O Ministro, o meu Ministro, não estava em Portugal, tinha ido a uma viagem internacional, e eu combinei uma coisa com o António Reis que foi: pedi ao Secretário de Estado do Ensino Secundário, dá-me ideia, ou ao Director do Ensino Secundário, já não me lembro, falsifiquei a assinatura do ministro, que era uma deliberação para as escolas secundárias irem ver o Trás-os-Montes: Esteve 3 meses no satélite...”
Maria João Seixas em "Um Certo Olhar", Antena2, dia 9 de Dezembro 2007, que pode ser ouvido aqui

pichagens




"11 anos depois da elevação a património da humanidade (o Porto) está mais pobre, com menos habitantes e com piores serviços públicos.."
e também mais sujo. digo eu. quando é que acabará esta selvajaria de colar cartazes em tudo o que é fachada, seja ela de mármore, de granito, .....

Desarrumação

Alguém explicou finalmente porque me é tão difícil arrumar o gabinete. Foi a Ticcia que escreveu:
" ... Explico: a minha bagunça é solidamente compactada e estratificada, como arquivos zipados. A criatura olha e pensa que nem vai demorar tanto assim, afinal, é só aquilo ali, e abre a caixa de pandora do caos, de onde pula um hediondo cipoal de bagunça, cuja descompactação, uma vez iniciada, é impossível parar..."

Lido (II)




"...sentiu-se comovido em Pompeia como se sentisse a angústia dos seus fantasmas resgatados da cinza, despidos de história diante do olhar de turistas pós-cultivados, especialmente embaraçados os fantasmas desenterrados na grande comuna pública, pobres cagões surpreendidos por um vulcão estúpido..."
"... átrios, pórticos, aposentos privados abertos agora de par-em-par aos céus e à terra, à espera, já não de voltarem a ser sepultados pelas cinzas vulcânicas, mas da desintegração definitiva até perderem a sua condição de ruínas e voltarem a ser pó, terra, pedras irracionais, ou seja, perderem o que lhes restava da memória coisificada e retornarem à natureza original..."

Lido em: Milénio I. Rumo a Cabul de Manuel Vàzquez Montalbán, Ed. ASA

(I´m) Spoiled (by your love)

e continuamos nesta vidinha de ceder a facilitismos musicais de cada vez mais baixa estirpe. Mesmo assim, se um dia aparecer "deste lado de cá" o Rui Veloso ou o Luis Represas, é porque alguém me roubou a password e anda a publicar aqui, desenfreadamente, contra a minha vontade. Juro.

Futurismo

Ao contrário do que possa parecer, a menina não é nada estúpida. E estou em condições de jurar que esta minha opinião não está nada, mas mesmo nada, enviesada pelo facto de ela ser linda de morrer. Nada disso. Sejamos objectivos: Ela pensa que Europa é um País. Grande coisa. Não é disso que andamos todos à procura? Não sabe se a França é um País. Alguém pode jurar que é? Pensem nos nomes dos jogadores da selecção de futebol (Makélélé, Chimbonda, ...). Estranha que haja um país que se chame "fome". Quem é que não estranharia?

De maneira que

estamos nisto, no assim chamado "beco sem saída"